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05 outubro 2011

MEIA-ENTRADA PODE SER ABOLIDA

Assunto ainda é polêmico no país e questionado por produtores de eventos
Uma das alterações exigidas pela Fifa na Lei Geral da Copa é a suspensão da meia-entrada, direito adquirido de estudantes e idosos em qualquer evento cultural ou esportivo desde a década de 1990.
Exigências da Fifa violam direitos do consumidor brasileiro.
A luta da Fifa, porém, não é uma novidade no Brasil. Há mais de uma década que o setor cultural protesta contra o direito de estudantes e idosos de pagarem apenas metade do valor dos ingressos em shows, peças de teatro e sessões de cinema.
O direito à meia-entrada foi legalizado no Brasil na década de 1990, mas à época era restrito a portadores de carteirinha da UNE (União Nacional dos Estudantes) e da Ubes (União Brasileira de Estudantes Secundaristas). 
Em 2001, o governo soltou uma Medida Provisória que estendeu o direito a portadores de carteirinhas de qualquer faculdade ou escola. No caso de idosos e aposentados, o direito à meia-entrada é regulamentado por diversas leis estaduais. 
A falta de fiscalização na emissão das carteirinhas faz com que os promotores de shows usem isso como a principal razão para os altos preços dos ingressos. Há anos que produtores tentam emplacar uma lei que estabeleça cotas para a venda de ingressos com meia-entrada, mas a tentativa até agora sempre parou nos lobbies feitos pelas entidades estudantis. 
Os clubes de futebol não engrossam o coro dos produtores culturais, embora também tenham a arrecadação afetada. No jogo do último domingo (2), o São Paulo teve recorde de renda no Brasil em 2011, com arrecadação de R$ 2.647.330,00 – destes, R$ 464.705,00 foram arrecadados com venda de meia-entrada, ou seja, a renda poderia ter passado de R$ 3 milhões.


Fonte: R7

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